Kátia Loureiro

Engenheira-arquiteta (UFMG/FAU), especialista em Planejamento e Uso do Solo Urbano (UFPE/UFS), Mestre em Ciência e Tecnologia Ambiental (UNIVALI/CTTMar). Kátia reside em Ipanema e é ex-empresária, tendo atuado por trinta anos em desenvolvimento de territórios, acumulando experiência em gestão participativa, gerenciamento de projetos e planejamento estratégico. Em 2008 aceitou o inesperado convite de lideranças culturais do Morro do Cantagalo, Pavão e Pavãozinho para integrar o grupo fundador e dirigente da ONG Museu de Favela – MUF, inspirada por sua vontade de ali criar uma galeria de arte e memórias a céu aberto. E pela inteligência e capacidade de resistência dos demais fundadores. Kátia participei da origem do museu ao sugerir para o projeto o formato de um museu de território. Com essa decisão, transgrediu o exercício da arquitetura, abdicou de sua profissão e de sua empresa para trabalhar como voluntária engajada no MUF, por sete anos. Trabalhou na modelagem estratégica do projeto museológico territorial e em seu desenvolvimento institucional. Organizou a edição da obra Circuito das Casas-Tela, caminhos de vida no Museu de Favela, com autores residentes no território museal, publicada em 2012 com apoio do IBRAM, recursos do MinC. Após viver corajoso experimentalismo entre os amigos da favela, Kátia decidiu resgatar uma possibilidade pessoal que até então o destino não se permitira aprofundar: ser escritora e editora independente. Em junho 2014, ela fez um pacto com o Colegiado de Diretores sobre sua saída do museu enraizado para fundar a Editora DANDA. “Aprendi que as culturas territoriais guardam forças magníficas de governança social e que museus são instituições que afirmam (autoestima do universo cultural que representam), provocam (cidadania crítica) e inspiram (caminhos bons rumo ao cenário da vida digna local)”, afirma.